"Há pouco tempo, num dos meus longos passeios pelo pensamento, descobri um novo lugar. Ao início tudo me pareceu interessante.." Estas, passado um mísero mês da tua partida, foram as únicas palavras que consegui escrever. Um ano depois, os pedaços de mim começam de novo a se unir. Volto a tentar fazer sentido. Achei interessante insistir no passado por ainda não ter encontrado o final dele. Tudo parece ter mudado de sítio, as coisas começam a enganar o tempo, e o tempo as coisas. Continuo a não saber lidar com a impotência e a fragilidade do ser humano, sobre eles mesmos e, em especial, sobre os outros. Não sei como chegar lá, não sei desviar-me dos obstáculos, sinto que a qualquer momento posso cair! Respiro fundo e nado profundamente no mar (sempre me identifiquei com o mar. Ele sempre me fez sentir confortável e em paz). Paz. No fundo, é o que todos queremos, e por ser tão difícil de alcançar - verdadeiramente! - a nossa mente cria em nós estes poços sem fundo,
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